THE WRONG BIENNALE
Celebrando a cultura digital desde 2013, a The Wrong é um esforço colaborativo que aproveita do potencial da internet, com o formato de uma bienal de arte global descentralizada e de um canal de TV, aberta à participação e realizada online e offline, premiada com o Sois Cultura 2019 e o Ehrenerwähnung do S+T+ARTS 2020.
“Com a audiência na casa dos milhões, a The Wrong pode ser a maior bienal de arte do mundo — a resposta do mundo digital à Veneza."
The New York Times
Mais de 8.000 artistas e curadores participaram oficialmente da The Wrong desde 2013.
“Um sinal de esperança para uma nova leva de artistas."
Stirworld
“Um novo caminho alternativo, ainda que ambicioso, a The Wrong é um conceito que pode se provar fundamental para o florescimento das artes e da cultura em um período pós-pandêmico."
Juri do S+T+ARTS 2020
Celebrating digital culture since 2013, The Wrong is a collaborative effort harnessing the potential of the internet, shaped as a decentralized global art biennale and TV channel, open to participation, happening both online and offline, and awarded with Sois Cultura 2019 and Ehrenerwähnung at S+T+ARTS 2020.
“Counting its viewership in the millions, The Wrong just might be the world’s largest art biennale — the digital world’s answer to Venice.”
The New York Times
More than 8,000 artists and curators have officially participated in The Wrong since 2013.
“A sign of hope for a new wave of artists.”
Stirworld
“An alternative yet ambitious new path, The Wrong is a concept that could prove key to the flourishing of the arts and culture in post-pandemic times.”
S+T+ARTS 2020 jury
APT.EXT é o projeto de articulação e curadoria desenvolvido por Talita Florêncio e Thiago Salas com foco na realização de mostras e no intercâmbio da produção artística que tangencia relações sobre as mídias atuais e as modulações do corpo em ambientes tecnologicamente mediados.
Para a The Wrong Biennale 2021/2022, o projeto conta com a participação de Alessandra Bochio, Ariane Stolfi, Cadós Sanchez, Felipe Merker, Felipe Teixeira, Flora Holderbaum, Giuliano Obici, Inés Terra, Mariana Molinos, Marcelo Muniz e Nicole Kouts, que expuseram trabalhos em vídeo que apresentam questões sobre escuta e dispositivos, meio e repetição, mecanismo e movimento.
A Leviatã, editora sediada em São Paulo, Brasil, recebeu em março de 2022 o pavilhão APT.EXT para uma mostra presencial das obras em telas, projeções e performance:
APT.EXT is an articulation and curatorship project developed by Talita Florêncio and Thiago Salas, focused on holding exhibitions and on the exchange of artistic productions that surround relations on current media formats and the modulations of the body in technologically mediated environments.
For The Wrong Biennale 2021/2022, the project welcomes the artists Alessandra Bochio, Ariane Stolfi, Cadós Sanchez, Felipe Merker, Felipe Teixeira, Flora Holderbaum, Giuliano Obici, Inés Terra, Mariana Molinos, Marcelo Muniz, and Nicole Kouts, who exhibited works on video that posed issues on listening and devices, medium and repetition, mechanism and movement.
In March 2022, São Paulo-based publisher Leviatã hosted the APT.EXT pavilion for an on-site exhibition of the works, featured on screens, projections, and performance:
FOTOS IAGO MATI
A conquista do inútil — Conquest of the useless (2020)
Cadós Sanchez & Marcelo Muniz
A Conquista do inútil parte do desejo de remix técnico fundado em uma pesquisa estética/arqueológica do imaginário das (in)utilidades mecânicas geradas pela produção e pelo consumo industrial. Artefatos à manivela hoje descartados ou descontextualizados, que contêm em si o gesto de trabalho, circular, maquínico, são base para a criação de uma nova e pequena orquestra performática-instalativa de corpos sonoros de humanos e máquinas. Durante a trajetória de mais de dez anos em luteria, performances, oficinas, arte sonora e instalações, a dupla vem coletando e coligindo reflexões, objets trouvès, práticas e processos de arqueologias e técnicas difusas que, conjuntamente, confluíram para o (re)pensar acerca do consumismo e utilitarismo atual.
Conquest of the useless rises from the desire for a technical remix founded on an aesthetic/archaeologic research of the imaginary of the mechanical useless(ness) generated by industrial production and consumption. Hand crank artifacts that are today discarded or contextualized, which carry the labor gesture in themselves, circular, machinic, are the basis for the creation of a small and new performance-installation orchestra of sound bodies of humans and machines. For over ten years of working with lutherie, performances, workshops, sound art, and installations, the duo has been collecting thoughts, objets trouvès, archaeological practices and processes, and diffuse techniques that, jointly, converged to (re)thinking consumption and the current utilitarism.
Ferrugem III — Rust III (2020)
Cadós Sanchez & Inés Terra
"Nos motores, há um desenvolvimento harmônico que é potencializado a partir da exploração vocal. Nas vozes, há uma pulsão impermanente que é decomposta pela ferrugem dos metais."
"In the engines, there is a harmonic development that is enhanced by vocal exploration. In the voices, there is an impermanent drive that is decomposed by the rust of the metals."
Sem título — Untitled (2022)
Felipe Teixeira & Mariana Molinos
Uma coleção de microdramaturgias cotidianas.
Link para navegação: desnome.tumblr.com
A collection of everyday microdramaturgies.
Navigation link: desnome.tumblr.com
Noise Symphony X (2020)
Ariane Stolfi
Sexta peça de uma série criada a partir de 690 amostras selecionadas do banco de dados freesound.org utilizando o software playsound.space, criado por Ariane. Da busca pela palavra "noise", que gerou cerca de 37.000 resultados, os sons foram selecionados a partir de sua morfologia de timbre, seguindo um critério de diferença visual aparente. Nessa peça, são tocados via OBS alguns desses sons escolhidos ao vivo, mesclado a uma improvisação vocal.
Sixth piece of a series created from a selection of 690 sound samples taken from the freesound.org database using the playsound.space software, created by Ariane herself. From a query using the word "noise," which retrieved around 37,000 results, the sounds were selected based on their timber morphology, following a criterion of apparent visual difference. In the piece, some of these sounds are played on a live take using OBS software, together with vocal improvisations.
Compro Auri — Buy Auri (2005-2012)
Giuliano Obici
O tempo destinado a escutar um material sonoro gera um produto intangível, o Auri. Essa é a lógica realizada durante Compro Auri nas ruas de Nova York, jogando com o paradoxo existente na relação comercial entre produtos intangíveis, assim como a música, e o lugar da percepção como um trabalho de criação a ser remunerado.
A performance consiste em pagar uma quantia em dinheiro para as pessoas escutarem uma trilha sonora. Quem ouvisse aproximadamente 3 minutos de som no fone de ouvido recebia $1,00. O valor estava relacionado à quantidade de tempo e ao custo médio das músicas comercializadas em plataformas pela web como, por exemplo, o iTunes.
The time needed to listen to a sound material generates an intangible product, Auri. This is the thought behind Buy Auri, performed in the streets of New York, playing with the paradox existing in the commercial relationship between intangible products, such as music, and the place of perceiving it as a creative work that must be paid.
The performance consists of paying a certain amount of money for people to listen to a soundtrack. The ones who listened to the sound on the earplugs for about 3 minutes would receive $1.00. The amount was related to the period of time and the average cost of music marketed on platforms on the web, for instance, on iTunes.
Komboloi (2021)
Nicole Kouts
Komboloi é um ensaio em vídeo sobre um objeto que contém o poder de manipulação do tempo. Uma coleção de contas unidas por um fio e uma combinação de gestos que se deslocam em direções incontáveis. Uma performance realizada por Nicolas Pechlivanis.
Komboloi is a video essay on an object that holds the power to manipulate time. A collection of beads in a thread and a combination of gestures that move in countless directions. A performance by Nicolas Pechlivanis.
Tela plana — Flat screen (2019)
Nicole Kouts
O trabalho explora uma imagem com ruídos ininterruptos a partir da manipulação de um aparelho obsoleto. Tela plana é o nome em português para flat-panel display, tecnologia utilizada para transmitir conteúdos visuais na maioria dos televisores atuais. O título é um trocadilho com a sonoridade da expressão "terra plana" (flat Earth). Uma homenagem reversa aos navegantes, telespectadores e navegadores e sua expectativa impossível de encontrar a nítida imagem da Verdade.
The work explores an image with uninterrupted interference from the manipulation of an obsolete device. Tela plana is the Portuguese word for flat-panel display, a technology used to transmit visual content to most of today's televisions. The title is a pun as the sound resembles “terra plana” (flat Earth). An ironic homage to the sailors, viewers, and browsers and their impossible expectation to find the clear, luminous picture of The Truth.
Transduções #9 — Transductions #9 (2020)
Alessandra Bochio & Felipe Merker
O conceito de transdução que dá nome à performance é entendido enquanto um processo de transformação energética que serve de base para a compreensão de diferentes fenômenos sonoros do mundo físico e para a construção de diferentes aparatos tecnológicos. Transdução energética e tradução informacional interligam-se e servem como ponto de contato entre as materialidades distintas exploradas pelos artistas no fluxo temporal da performance.
A series of performances and a continuing work in progress of our art research production, and whose central point involves the convergences and relationships between image, sound and the body. Understood as the process of energy transformation, the concept of transduction serves as the basis for understanding different phenomena of the physical world and for the construction of technological devices. Everyday objects are also explored as sound and visual sources, that pass through different processes of digital treatment and analog distortion in real time.
O pássaro, a máquina e a voz — The bird, the machine, and the voice (2019)
Flora Holderbaum
toda essa profusão de ideias, propostas, reuniões, lives, produtos, conferências, essa eterna dívida do participativo atual, um particípio dado imperativo hiperativo que se instaura em nossas networks....
...
mas ..
assim como mil Platões não fazem um Montagne...
...
mil muros não fazem
uma linha de fuga...
..
mil telas...
não fazem o toque...
all this profusion of ideas, proposals, meetings, lives, products, conferences, this eternal debt of current participative, a participle given imperative hyperactive that is established in our networks….
...
but ..
just like a thousand Platos can't make one Montagne...
...
a thousand walls can't make
a line of flight...
..
a thousand screens...
can't touch...
Curadoria e direção artística/Curation and artistic direction: Talita Florêncio e Thiago Salas
Artistas/Artists: Ariane Stolfi, Alessandra Bochio, Cadós Sanchez, Felipe Merker, Felipe Teixeira, Flora Holderbaum, Giuliano Obici, Inés Terra, Mariana Molinos, Marcelo Muniz e Nicole Kouts
Realização e infraestrutura/Realization and infrastructure: Leviatã/Iago Mati
Tradução/Translation: Amanda Obara
The Wrong