Língua fora
Língua Fora é uma série de apresentações com foco em trabalhos artísticos que investigam a potência das vozes para além da palavra, em intersecção com tecnologias analógicas e digitais, e outras sonoridades.
A língua é uma máquina articuladora de palavras, cantos e ruídos que emergem em corpos vibrantes. Língua Fora acorda no meio de um sonho e, numa gargalhada, chora a tragédia cotidiana através de um gesto, facilitando a saída de alguma memória, algum objeto, pássaro ou inseto pela garganta. Língua Fora é a possibilidade de encarnar a linguagem, sem dispensá-la, mas dissolvendo a mesma numa descoberta de prazeres e aflições vocais e bocais.
Nessa edição, Leviatã apresenta:
Estafa mental, performance de Marina Mapurunga com violino, voz, laptop e gravações. Tontura, multidão, trânsito, cruzamento, escadas rolantes, pessoas, mais pessoas, pessoas...Quase apaguei. Os médicos diziam que eu nada tinha. Descobri mais tarde que meu ouvido era sensível ao caos urbano. Meu ouvido se protegia e me desprotegia.
Preparar um corpo, uma geografia afetiva sobre a espacialidade e temporalidade da voz através do corpo e instrumento, performance de Flora Holderbaum com violino, voz e movimentação.
Veia, fluxos sanguíneos, vozes e caminhos sinuosos do corpo vocal, performance de Inés Terra e Lea Czares com vozes e computador.
Língua Fora (“Tongue Out”) is a series of vocal performances focused on artistic practices that investigate the power of voice beyond the word, in intersection with analog and digital technologies and other sonorities.
The tongue is a machine articulator of words, chants and noises that emerge in vibrating bodies. Língua Fora awakens amidst a dream and, in a burst of laughter, cries out the everyday tragedy through gesture, easing the outing of a memory, an object, a bird or an insect through the throat. Língua Fora is the possibility of embodying language without dispensing it, dissolving itself in a discovery of pleasures and afflictions of voice and mouth.
In this edition, Leviatã presents:
Estafa mental (“Mental fatigue”), performance of Marina Mapurunga with violin, voice, laptop and recordings. Dizziness, crowd, traffic, crossing, escalators, people, more people, people… I almost fainted. The doctors said I was fine. Later I found that my ears are sensitive to the urban chaos. My ears protected and unprotected me.
Preparar um corpo (“To prepare a body”), an affective geography about the spatiality and temporality of voice through the body and the instrument, performance of Flora Holderbaum with violin, voice and movement.
Veia (“Vein”), blood flows, voices and sinuous paths of the vocal body, performance of Inés Terra and Lea Czares with voices and computer.
Articulação (Articulation)
Inés Terra
Performances
Marina Mapurunga
Flora Holderbaum
Inés Terra e Lea Czares
Fotos (Photos)
Allis Bezerra