Sokkyotã
A série de apresentações de improvisação livre no Leviatã, articuladas por Thomas Rohrer com a colaboração de músicos e performers convidados, completou mais de um ano no final de 2019.
A incomum palavra que nomeia a série é um curioso hibridismo entre a ideia de um ato “de improviso”, tal como o concebe a língua japonesa, e o nome do espaço em que acontecem as apresentações. “Leviatã”, como se sabe, é a palavra que designa, na sua origem bíblica, um monstro aquático de grandes proporções e movimentos serpenteantes (envolventes). Sua forma e ação indefinidas propiciaram que adquirisse diferentes conotações, tanto mitológicas quanto simbólicas, na cultura ocidental.
Assim, seguindo a trilha simbólica, a música que se faz em Sokkyotã proporciona, antes de tudo, a rara experiência — tanto para os músicos como para seus ouvintes — que se dá de forma aberta e incerta; não definida previamente nem classificável a posteriori, mas que pode adquirir a mais significativa beleza e relevância por meio dos gestos de atenção (a antítese do consumo), de sempre mais alargável disponibilidade com que a podemos perceber e vivenciar.
The series of presentations of free improvisation at Leviatã, articulated by Thomas Rohrer with the collaboration of guest musicians and performers, completed more than one year at the end of 2019.
The unusual word that gives the series its name is a curious hybridism between the idea of an “improvised” act, as the Japanese language conceives, and the name where the presentations take place. “Leviatã”, as it is known, is the word that designates, in its biblical origin, a sea monster of great proportions and serpentine (gripping) movements. Its undefined form and action opened the way to different connotations, both mythological and symbolic, in western culture.
Therefore, following the symbolic track, the music made at Sokkyotã offers, first of all, a rare experience — for both the musicians and the listeners — that unfolds openly and uncertainly; not previously defined nor classifiable afterward, but which can acquire the most significant beauty and relevance by means of the gestures of attention (the antithesis of consumption), of an ever more expandable availability with which we can perceive it and experience it.
O belo e insólito espaço cultural no topo de um prédio antigo no centro de São Paulo potencializa a experiência presencial: do vazio sempre mutável dos espaços internos — que se reinventam para o específico de cada apresentação, muitas vezes até mesmo durante seu transcurso — ao imponderável aberto para a cidade do telhado-terraço-convés, tudo ali conspira para a qualificação da experiência de sons e formas, igualmente performada pela atenção ativa dos ouvintes/espectadores.
O pensador italiano Giorgio Agamben, ao deter seus estudos acerca do homem e da vida nua sobre as regras monásticas medievais (muito caricaturadas e pouco compreendidas quanto a sua essência teológica), forjou o conceito das “formas-de-vida”: experiências humanas que, ao se situarem por fora dos dispositivos de captura pelo “bando” soberano, se guiam por uma forma — forma qualquer, aberta e livre de condicionamentos prévios e significações articuláveis — que se faz modalidade de vida, na contracorrente de toda normatização, tanto para os músicos que participam de sua execução como para o público ouvinte.
The beautiful and uncommon cultural space in the top of an old building in the center of São Paulo enhances the physical experience: from the ever mutable void of the inner spaces — which reinvent themselves for each presentation, many times even during its course — to the imponderable openness to the city from the roof-terrace-deck, everything there conspires for qualifying the experience of sounds and forms, equally performed by the active attention of the listeners/viewers.
Italian thinker Giorgio Agamben, by focusing his studies around men and the bare life on the medieval monastic rules (very caricatured and little understood regarding their theological essence), forged the concept of “forms-of-life”: human experiences which, while located outside the apparatus of capture by the sovereign “group”, are guided by some form — any form, open and free from previous conditionings and articulable significations — that becomes a modality of life, in the countercurrent of all standardization, both for the musicians who engage in its execution and for the listening audience.
The community, formed in that place at that time, discovers and updates, in the act itself of experiencing the music and the aesthetic gestures performed, its creative power.
The free improvisation sessions, often superficially associated with solipsism, with self-absorption or with absurd ideas of “difficult music” or “music for musicians”, open themselves, open ourselves, to this ever more necessary exercise of individual and social freedom.
A comunidade, que ali e naquele momento se constitui, descobre e atualiza, no próprio ato de viver a música e os gestos estéticos performados, sua potência criadora.
As sessões de improvisação livre, tantas vezes superficialmente associadas ao solipsismo, ao ensimesmamento ou às absurdas ideias de “música difícil” ou “música para músicos”, se abrem, nos abrem, para esse cada vez mais necessário exercício de liberdade, individual e social.
Roberto Alves é professor de literatura pós-graduado em Teoria Literária pela USP e crítico de cinema.
Roberto Alves is Literature professor post-graduated in Literary Theory from USP and film critic.
NANATI FRANCISCHINI + CHRIS MACK
Sessão de improvisação de Nanati Francischini e Chris Mack: um encontro de guitarras em experimentação sonora, da guitarra expandida ao experimento com afinações.
Performance: Nanati Francischini e Chris Mack
Imagens e edição: Iago Mati
Captação de som: Transfônico
NANATI FRANCISCHINI + CHRIS MACK
Improvisation session by Nanati Francischini and Chris Mack: an encounter of guitars in sound experimentation, from expanded guitar to experiments with tunings.
Performance: Nanati Francischini and Chris Mack
Images and edition: Iago Mati
Sound recording: Transfônico
CONCERTO PARA 3 XUPISCOS
Encontro proposto por Thomas Rohrer, entre ele, Rayra Costa e Miguel Barella, Concerto para 3 Xupiscos consiste nos artistas tocando os pedais de ruído construídos por Miguel — chamados Xupiscos (ou Miguelizers) — que produzem sons a partir do toque do corpo nas antenas.
Construídas entre 2009 e 2017, existem apenas 5 unidades do instrumento, destinadas a Rob Mazurek, Paulo Beto, Thomas, Miguel e Rayra.
Performance: Miguel Barella, Thomas Rohrer e Rayra Costa
Imagens e edição: Iago Mati
Captação de som: Transfônico
CONCERT FOR 3 XUPISCOS
Meeting proposed by Thomas Rohrer, among Rayra Costa, Miguel Barella and him, Concert for 3 Xupiscos presents the artists playing the noise pedals built by Miguel — called Xupiscos (or Miguelizers) — that produce sounds from the touch of the body on the antennas/wires.
Built between 2009 and 2017, there are only 5 units of the instrument, destined for Rob Mazurek, Paulo Beto, Thomas, Miguel and Rayra.
Performance: Miguel Barella, Thomas Rohrer and Rayra Costa
Images and edition: Iago Mati
Sound recording: Transfônico
MINA
"Enquanto antenas humanas, portamos propriedades e possibilidades não só de captação e transmissão, mas também de modulação, conexão e tradução. Com esta antena ativa, que é corpo mídia e médium, de canal e passagem, busco atenuar o descompasso hierárquico entre sujeito: superior — “eu que sabe” — e objeto: inferior — “pedra desprovida de saber” —, para apostar numa relação recíproca entre matérias".
Trecho do texto de Patrícia Bergantin sobre a performance Mina, captada por Iago Mati durante sua primeira apresentação no projeto Sokkyotã e editada por ele como uma videoperformance.
Criação e performance: Patricia Bergantin
Filme: Iago Mati
MINA
"Enquanto antenas humanas, portamos propriedades e possibilidades não só de captação e transmissão, mas também de modulação, conexão e tradução. Com esta antena ativa, que é corpo mídia e médium, de canal e passagem, busco atenuar o descompasso hierárquico entre sujeito: superior — “eu que sabe” — e objeto: inferior — “pedra desprovida de saber” —, para apostar numa relação recíproca entre matérias".
Trecho do texto de Patrícia Bergantin sobre a performance Mina, captada por Iago Mati durante sua primeira apresentação no projeto Sokkyotã e editada por ele como uma videoperformance.
Creation and performance: Patricia Bergantin
Film: Iago Mati
Sokkyotã é uma série de apresentações articulada por Thomas Rohrer, que mistura performances musicais, improvisação, dança e outras manifestações artísticas. Sua principal especificidade parece ser a escuta (do som, do corpo) estar colocada como ponto principal entre os projetos apresentados. Na contramão do noise, que busca provocar a escuta nos seus limites de saturação e pressão sonora, Sokkyotã apresenta repertórios muito mais silenciosos e acústicos, mas não menos ruidosos.
Sokkyotã is a series of presentations articulated by Thomas Rohrer that brings together musical performances, improvisation, dance, and other artistic expressions. Its main specificity appears to be having the act of listening (to the sound, to the body) in the core point of each project presented. In the opposite direction of noise, which seeks to provoke the listening in its limits of saturation and sound pressure, Sokkyotã introduces much more silent and acoustic repertoires, but no less noisy.
No começo do ano passado, em 23 de fevereiro de 2019, conheci o Leviatã. Eu e a Inés Terra (com quem tenho um duo, Teia) fomos chamadas para tocar no evento Sokkyotã (Edição IV), organizado pelo Thomas Rohrer. Além de nós duas, se apresentaram Andreas Trobollowitsch, Philip Somervell e o próprio Thomas.
Nessa noite, foi muito interessante perceber as dinâmicas e as sonoridades que cada artista trouxe ao conjunto. Foram misturados instrumentos eletrônicos a sonoridades acústicas; os ruídos e sons se desenvolviam com grandes variações de dinâmica, mas, em geral, em um registro mais cotidiano da escuta. Sons por vezes quase inaudíveis, acústicos, com um desenvolvimento orgânico. Havia uma espécie de rusticidade na sonoridade. Algo familiar, mas, ao mesmo tempo, novo nesse tipo de contexto de concertos de música experimental.
Tocamos nós duas, tocaram eles três. Ao final, eu e a Inés nos juntamos ao trio para improvisar, e foi uma experiência muito interessante tentar fundir nossos sons aos deles, e experimentar essa espécie de proposta dinâmica, ao mesmo tempo em que tentávamos trazer elementos sonoros do nosso repertório. O grupo foi atuando como um instrumento único, trazendo uma espécie de fusão que só é possível quando colocamos a escuta em primeiro lugar.
At the beginning of last year, on February 23, 2019, I got to know Leviatã. Inés Terra and I (with whom I have a duo called Teia) were invited to perform at Sokkyotã (Edition IV), organized by Thomas Rohrer. Besides us, Andreas Trobollowitsch, Philip Somervell, and Thomas himself also performed.
That night, it was fascinating to perceive the dynamics and sonorities that each artist brought in to the whole. Electronic instruments merged with acoustic sounds; the noises and sounds developed with great variations in dynamics, but, in general, in a more everyday record of listening. Sounds sometimes almost inaudible, acoustic, developed organically. There was some kind of rusticity to the sound. Something familiar, but, at the same time, new to this type of context of experimental music concerts.
The two of us played, the three of them played. In the end, Inés and I joined the trio to improvise, and it was quite an interesting experience to try to merge our sound with theirs and experiment with this kind of dynamic proposition while trying to bring sound elements from our repertoire. The group acted as a unique instrument, bringing up some sort of fusion that is only possible when the act of listening is put first.
Em 21 de setembro do mesmo ano, voltei ao Leviatã para assistir à Edição VI da série Sokkyotã. Dessa vez, se apresentaram Cadós Sanchez, Ricardo Januário e Coletivo Abaetetuba.
Cadós apresentou a Liga do tempo, performance maquinária que envolvia instrumentos-objetos construídos por ele mesmo, repletos de motores (e objetos conectados aos motores), cordas, madeiras, metais, amplificados por microfones de contato. Um grande instrumento eletrônico que ele manipulou durante a performance. A visualidade do instrumento, exposto antes de a performance começar, já era muito interessante. Quando o som começou, me surpreendeu a quantidade de sonoridades diferentes que esses materiais podem gerar. Não sei quanto tempo durou a performance, talvez uns 25 minutos, mas seria possível ouvir por muito mais tempo. Loops de diferentes tipos se sobrepunham, mas também se alternavam e, de tempos em tempos, uma luz acendia (que acredito ser de um celular, posicionado na mesma mesa do instrumento) e fazia a sombra do objeto se projetar na parede, como em uma espécie de teatro de sombras. A imagem sendo projetada a partir da escultura sonora, manipulada pelo seu luthier. A transformação do objeto em música via performance.
Depois disso, Ricardo Januário apresentou sua performance/dança solo, sem outros estímulos musicais externos, o que tornou possível ouvirmos o som da movimentação do próprio performer. Suas respirações, o movimento dos pés, e demais encontros de seu corpo com o chão. Sua performance nos faz lembrar da força da gravidade e sua atuação nos corpos, e a sonoridade surge a partir disso. É interessantíssimo que a série programe performances como a de Ricardo Januário, pois poucas são as iniciativas que, de fato, buscam essa abertura para artes plurais no contexto da música experimental. Acabamos vendo sempre performances sonoras diversas, mas tendo pouco contato com as pessoas que atuam na dança, na performance, nas artes visuais — e inclusive com as sonoridades que podem surgir disso.
Por último, foi a vez do Abaetetuba, formado por Panda Gianfratti, Rodrigo Montoya e Thomas Rohrer. O grupo demonstrou estar de ouvidos bem abertos e um enorme entrosamento musical, criando diversos momentos e combinações, transitando com fluidez nas sonoridades encontradas coletivamente. Pudemos ouvir diferentes texturas, fricções, percussões, sopros, e os instrumentos sendo levados a seus limites. O artista Ricardo Januário se uniu à improvisação.
On September 21 of the same year, I came back to Leviatã to watch the Edition VI of the series Sokkyotã. This time, featuring Cadós Sanchez, Ricardo Januário, and Coletivo Abaetetuba.
Cadós presented Liga do tempo (League of time), a machinery performance involving objects-instruments built by himself, full of motors (and objects attached to these motors), ropes, woods, metals, amplified by contact microphones. A large electronic instrument that he manipulated during the performance. The visuality of the instrument, exhibited before the presentation started, was already very appealing. When the sound came in, I was surprised by the different sonorities that those materials could generate. I'm not sure how long the performance lasted, maybe around 25 minutes, but I could listen to it for much longer. Different kinds of loops overlapped, but also alternated, and from time to time, a light would turn on (which I believe was from a phone positioned in the same table as the instrument) and make the shadow of the object project in the wall, like some kind of shadow theater. The image projected from the sound sculpture, manipulated by its luthier. The transformation of the object into music through the performance.
Afterward, Ricardo Januário presented his solo dance/performance, with no other external musical stimuli, making it possible for us to hear the sound of the movement of the performer himself. His breaths, the movement of his feet, and other encounters of his body with the ground. His performance reminds us of the force of gravity and how it acts in the bodies, and the sound emerges right there. It is exciting to see that the series includes performances like that of Ricardo Januário because few are the initiatives truly open to plural arts in the context of experimental music. You always see different sound presentations but have little contact with people who work with dance, performance and visual arts — including with the sonorities that can arise from that.
Last, Abaetetuba came in, formed by Panda Gianfratti, Rodrigo Montoya and Thomas Rohrer. The group showed having their ears wide open and a great musical connection, creating different moments and combinations, flowing smoothly through the sonorities found collectively. We could hear different textures, frictions, percussions, winds, and the instruments taken to their limits. The artist Ricardo Januário joined the improvisation.
O repertório apresentado no Sokkyotã é rico e diverso, e parece pautado sempre na escuta e nos pequenos sons que podemos encontrar em todos os tipos de objeto, na exploração dos materiais (mesmo quando se tratam de instrumentos tradicionais) e nas novas combinações entre elementos. Uma expansão das sonoridades em direção ao que está próximo, aos sons que estão nas coisas que estão ao nosso redor, prontos para serem descobertos. O evento é um encontro para procurar e encontrar esses sons de forma coletiva.
The repertoire presented at Sokkyotã is rich and diverse and seems to be always based in the act of listening and in the little sounds found in every object, in the investigation of materials (even when it comes to traditional instruments) and the new combinations among elements. An expansion of sonorities towards what is near, towards the sounds that are in the things that are around us, ready to be discovered. The event is an encounter to search and find these sounds collectively.
Julia Teles é Bacharela em Música com ênfase em Composição Eletroacústica pela Unesp e técnica em áudio pelo IAV (Instituto de Áudio e Vídeo). Compositora e improvisadora, desde 2011 é integrante do coletivo de música experimental NME, produzindo concertos e a revista linda, e criando diversas obras acusmáticas e performativas. Há cerca de 8 anos toca theremin. Compôs sons para teatro, trilha sonora para filmes, além de trabalhar como editora de som e foley para cinema. Em agosto de 2014 esteve no instituto Musiques et Recherches, na Bélgica, onde estudou composição eletroacústica sobre suporte analógico, sob orientação de Annette Vande Gorne. Atualmente cursa a pós-graduação “Música e Imagem”, na Faculdade Santa Marcelina.
Julia Teles has a bachelor's degree in Music with an emphasis on Electroacoustic Composition from Unesp and is an audio technician from IAV (Institute of Audio and Video). Composer and improviser, she is part of the experimental music collective NME since 2011, producing concerts and linda magazine, and creating different acoustic and performative works. She has been playing the theremin for 8 years, made compositions for theater and soundtracks for movies, besides working as sound editor and foley for cinema. In August 2014, she was in the institute Musiques et Recherches, in Belgium, where she studied analog electroacoustic composition, ministered by Annette Vande Gorne. Currently, she is a postgraduate student in Music and Image at Faculdade Santa Marcelina.
COLETIVO ABAETETUBA
“Encontro de gente boa” em tupi-guarani, Abaetetuba é um coletivo de músicos de São Paulo formado por Panda Gianfratti (percussão contemporânea), Rodrigo Montoya (shamisen, biwa e violão) e Thomas Rohrer (rabeca e saxofone soprano). Desde 2004, o trio dedica-se à arte da improvisação livre, tendo participado em festivais na Espanha, Holanda, Inglaterra, Austrália, no Chile e Brasil e colaborado com músicos improvisadores de diversos lugares do mundo.
Performance: Coletivo Abaetetuba
Percussão: Panda Gianfratti
Shamisen: Rodrigo Montoya
Rabeca, saxofone soprano: Thomas Rohrer
Dança: Ricardo Januário
Imagens e edição: Iago Mati
Captação de som: Transfônico
COLETIVO ABAETETUBA
“Encounter of good people” in tupi-guarani, Abaetetuba is a São Paulo-based music collective formed by Panda Gianfratti (contemporary percussion), Rodrigo Montoya (shamisen, biwa and guitar) and Thomas Rohrer (rebec and soprano saxophone). Since 2004, the trio has worked on the art of free improvisation, having participated in festivals in Spain, the Netherlands, England, Australia, Chile and Brazil and collaborated with improviser musicians around the world.
Performance: Coletivo Abaetetuba
Percussion: Panda Gianfratti
Shamisen: Rodrigo Montoya
Rebec, soprano saxophone: Thomas Rohrer
Dance: Ricardo Januário
Images and edition: Iago Mati
Sound recording: Transfônico
SEM BASE
Criar com o vazio junto ao silêncio. Performance solo de Ricardo Januário, Sem base conecta o seu “eu” ao silêncio em uma reflexão sobre viver sem fortes estruturas, sem condições vantajosas e sem base mínima. A performance surgiu silenciosa na sala da Leviatã enquanto cada pequeno gesto era um convite para ouvir com os olhos até que a escuta fosse a única escolha possível.
Performance: Ricardo Januário
Imagens e edição: Iago Mati
Captação de som: Transfônico
SEM BASE (NO BASE)
Create with emptiness along with silence. Solo performance of Ricardo Januário, Sem base (No base) connects his “self” to silence in a reflection about living without strong structures, without advantageous conditions, and without a minimum base. The performance started silently at Leviatã, while every small gesture was an invitation to hear with the eyes until listening was the only possibility.
Performance: Ricardo Januário
Images and edition: Iago Mati
Sound recording: Transfônico
LIGA DO TEMPO
Em uma investigação do som a partir da luteria experimental, Cadós Sanchez explora o cruzamento dessa com outras linguagens em objetos, esculturas sonoras e instrumentos instalativos que ele mesmo inventa e constrói. Molas, plásticos, pedaços de madeira e fios de metal são algumas das peças que formam a Liga do tempo, performance de Cadós na sexta edição de Sokkyotã, evento articulado por Thomas Rohrer na Leviatã.
"A LDT_IV.N)acredita comparável hoJe ao anarco-sindicalismo, assim como em 63 as tartarugas robô Elsie e Elmer de Walter. LDT aprendeu com manuais cubanos de 61 “trabalhador...construa sua própria maquina!”, antes, também aprendeu com J. Tati, vendo seus filmes, as ironias dos modelos hierarquizados e ultra-controlados de produção das cultura/império.
Auto intitulada maquina luddista [1811-12]. Sua tática remonta assinaturasnavios Round Robin, rede-moinho de ideiasmaquinas. O lema fone celular parece serself: “unir para separar”, ou como os Jê, “reunir o que deveria estar separado”. LDT_IV.N é apenas uma maquina de guerra, carne, olhos, ouvidos e hálito ferrugem."
Cadós Sanchez
Performance: Cadós Sanchez
Imagens e edição: Iago Mati
Captação de som: Transfônico
LIGA DO TEMPO (LEAGUE OF TIME)
Em uma investigação do som a partir da luteria experimental, Cadós Sanchez explora o cruzamento dessa com outras linguagens em objetos, esculturas sonoras e instrumentos instalativos que ele mesmo inventa e constrói. Molas, plásticos, pedaços de madeira e fios de metal são algumas das peças que formam a Liga do tempo, performance de Cadós na sexta edição de Sokkyotã, evento articulado por Thomas Rohrer na Leviatã.
"A LDT_IV.N)acredita comparável hoJe ao anarco-sindicalismo, assim como em 63 as tartarugas robô Elsie e Elmer de Walter. LDT aprendeu com manuais cubanos de 61 “trabalhador...construa sua própria maquina!”, antes, também aprendeu com J. Tati, vendo seus filmes, as ironias dos modelos hierarquizados e ultra-controlados de produção das cultura/império.
Auto intitulada maquina luddista [1811-12]. Sua tática remonta assinaturasnavios Round Robin, rede-moinho de ideiasmaquinas. O lema fone celular parece serself: “unir para separar”, ou como os Jê, “reunir o que deveria estar separado”. LDT_IV.N é apenas uma maquina de guerra, carne, olhos, ouvidos e hálito ferrugem."
Cadós Sanchez
Performance: Cadós Sanchez
Images and edition: Iago Mati
Sound recording: Transfônico
Juçara Marçal + Marco Scarassatti + Thomas Rohrer
Nessa edição, o encontro inédito da cantora e pesquisadora musical Juçara Marçal, conhecida por seu trabalho nos grupos Vésper Vocal, A Barca e Metá Metá, e por seu trabalho solo inaugural com o disco Encarnado (2014); Marco Scarassatti, artista sonoro e professor com trabalhos no campo da criação de instrumentos musicais e esculturas sonoras, gravações de sons ambientes e improvisação, e Thomas Rohrer, músico suíço radicado no Brasil, com trabalhos sonoros de improvisação livre assim como de interação musical com cinema, teatro, dança, performance e instalação.
Performances: Juçara Marçal, Marco Scarassatti e Thomas Rohrer
Fotos: Allis Bezerra
Juçara Marçal + Marco Scarassatti + Thomas Rohrer
In this edition, the unprecedented encounter between singer and musical researcher Juçara Marçal, known for her work in the groups Vésper Vocal, A Barca and Metá Metá, and for her inaugural solo work, with album Encarnado (2014); Marco Scarassatti, sound artist and professor with works on the fields of musical instruments creation and sound sculptures, recording of ambient sound and improvisation, and Thomas Rohrer, Swiss musician established in Brazil, with sound works of free improvisation as well as of musical interaction with cinema, theater, dance, performance and installation.
Performances: Juçara Marçal, Marco Scarassatti e Thomas Rohrer
Photos: Allis Bezerra
Articulação (Articulation) Thomas Rohrer
Editor Iago Mati
Redatora/Produtora (Writer/Producer) Amanda Obara
Operador de áudio/Produtor (Sound operator/Producer) Renan Gama
Designer/Produtora (Designer/Producer) Natasha Xavier
Fotos (Photos) Allis Bezerra
Sokkyotã I 01/09/2018
Performances de som (Sound performances)
Thomas Rohrer + Panda Gianfratti
Bella + Philip Somervell
Sokkyotã II 13/10/2018
Performances de som (Sound performances)
Maurício Takara
Thomas Rohrer + Philip Somervell
Sokkyotã III 17/11/2018
Performances de som (Sound performances)
Gustavo Torres
André Damião + Thomas Rohrer
Performance de dança (Dance performance)
Marina Tenorio
Sokkyotã IV 23/02/2019
Performances de som (Sound performances)
Inês Terra + Julia Teles
Andreas Trobollowitsch + Thomas Rohrer + Philip Somervell
Sokkyotã V 11/04/2019
Performances de som (Sound performances)
Juçara Marçal + Marco Scarassatti + Thomas Rohrer
Sokkyotã VI 21/09/2019
Performances de som (Sound performances)
Cadós Sanchez
Coletivo Abaetetuba (Panda Gianfratti, Rodrigo Montoya e Thomas Rohrer)
Performance de dança (Dance performance)
Ricardo Januário
Sokkyotã VII 12/10/2019
Performances de som (Sound performances)
Nahnati Francischini + Chris Mack
Rvyrv Costa + Miguel Barella + Thomas Rohrer
Performance de dança (Dance performance)
Patrícia Bergantin