INDEX N#7

INDEX N#7 •

INGRESSO ANTECIPADO

Um festival de gesto, imagem e som

 
 

O INDEX é o festival da editora Leviatã.org. Realizado desde 2019, ele chega à sétima edição neste ano, com mais de 50 artistas e uma programação diversa, construída para evidenciar um recorte de cruzamentos e singularidades na criação a partir do gesto, da imagem e do som.

O festival acontece de 3 a 5 de outubro e apresenta música, dança e obras audiovisuais em diferentes espaços do recém-inaugurado centro cultural do iBT, o Instituto Brasileiro de Teatro.
Essa edição também conta com a participação da Rádio Acúfeno, grupo artístico de performance sonora que, além de performar, realiza a cobertura do evento em tempo real.
Em 2025, o INDEX não conta com patrocínios ou recursos de editais.
A realização só é possível por meio da parceria com a Casa Líquida e artistas que acreditam na proposta, além do apoio do iBT.

 

3–5 de outubro no iBT
Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 277 – Bela Vista, São Paulo
Próximo aos metrôs Liberdade, Sé, Anhangabaú e República

Realização: Leviatã.org
Produção: iBT, Leviatã.org e Casa Líquida
Direção e curadoria: Iago Mati, Julia Feldens e Natasha Xavier
Redação: Amanda Obara
Arte: Iago Mati
Som: Eduardo Magliano e Chico Leibholz
Iluminação: Letícia Trovijo
Produção e som: Matheus Bohnenstengel
Produção: Laerte Késsimos e Joana Marques
Parceria: Estúdio Sem Piscina
Apoio: iBT e Casa Líquida

 
 
 

03A05/10 SEXTA A DOMINGO

03A05/10 SEXTA A DOMINGO

 

Rádio Acúfeno

A Rádio Acúfeno é um grupo artístico de performance sonora que atua desde o princípio dos anos 20 deste século na cidade de São Paulo e no universo online. Ancorada nos telhados da Pompéia e sem endereço fixo, conta com colaboradores das artes plásticas, gráficas e cênicas, do cinema e das letras. Desde o ano 23, ecoa continuamente através da Editora Ébria, por onde, nesse ano, realiza também a cobertura do festival em tempo real.

Formação:
Deise Moon e Miss Mississip Magnólia Rain na locução
Maestro Alfredo Jaz na produção sonora
Lídia Clepf na composição e no contraste
Demétria Vingadora como colunista
Dani Denada como epistolária
Nonalda Travessa e Subcomandante Caio nas análises críticas e nos comentários
Emma Silver como penetra oficial
Lata como responsável pelos reclames
Úrsula Maior como competente pelo oráculo

Principais colaborações:
Juliano Zoppi, Marcelo Zoppi, Pablo Romart, Valentina Soares, Danilo Volpato, Débora Bolzsoni, Caio Vrau, Daniel Nasser, Aline Bonamin, Wallace Masuko e Marion Hesser

 
 

03/10 • SEXTA-FEIRA 19h
R$ 30 — MEIA
R$ 60 — INTEIRA
R$ 30 — SOLIDÁRIO

03/10 SEXTA

03/10 SEXTA

 

20h | Panamby, Abissal, (60 min.)

Abissal é uma aparição sônica. Um canto de línguas d’água em fundura, refletindo o firmamento. Uma celebração das almas na qual se estabelece um diálogo com processos de cuidado e luto em massa. Da kalunga grande, o abismo sem fim do mar onde corpas pretas se encantaram durante o tráfico de pessoas, nas fugas e exílios, ao abismo do céu preto profundo povoado de outras corpas e movimentos que nos compõem desde uma ancestralidade difusa, em acordo com o mistério.

Panamby é artista, des-ensinadore, mãe/mamão. Cria a partir de limites psicofísicos e de práticas corporais, sonoras e oníricas em experiências rituais, aparições, vultos e visagens. Sua prática poética escura é instigada por processos de vida-morte-vida, gestação, gestos, partos e partidas. Apresentou trabalhos autorais e coletivos em lugares como Festival Afeto da Escuta (Galeria da Biodiversidade, Porto/PT), Trair o Cistema (MIS-CE, Fortaleza/CE), MIT-SP (São Paulo/SP), Festival El Caldo (Gessnerallee, Zurique/CH), Beursschouwburg (Bruxelas/BE), Institute for Postnatural Studies (Madrid/ES) e Read My World (Amsterdan/NL). 


21h | Beatriz Sano, Um extraordinário canto experimental (20 min.)

Com um pedestal e um microfone, Beatriz Sano relaciona duas partituras simultaneamente: uma vocal e outra de gestos dos balanços dos braços e das mãos. Em constante repetição, a pulsação simples, e quase banal, faz dos pequenos gestos seu potencial extraordinário e experimental. Partindo da premissa que voz é corpo e corpo é voz, a performance faz do som matéria física maleável, assim como a dança.

Beatriz Sano é professora, coreógrafa e dançarina e vem afirmando a relação da voz e do movimento como elementos fundamentais de sua pesquisa. Faz parte da Key Zetta e Cia, possui parcerias com Isabel Ramos Monteiro, Eduardo Fukushima e Júlia Rocha. Com Fukushima, criou as peças HORIZONTE (2023) e O QUE MANCHA (2021). Em 2024, coreografaram o Balé da Cidade de São Paulo na peça Horizonte +.

Criação e performance: Beatriz Sano
Colaboração artística: Eduardo Fukushima e Júlia Rocha
Colaboração vocal: Juliana R.
Desenho de luz e colaboração geral: Hideki Matsuka
Operação de luz: Patrícia Savoy
Operação de som: Chico Leibholz e Juliana R.
Foto: Dany Satiko e Mayra Azzi
Registro: Pedro Nishi
Produção: Corpo Rastreado
Agradecimentos: Inés Terra e Caetano Biasi

 
 

04/10 • SÁBADO 17h30
R$ 30 — MEIA
R$ 60 — INTEIRA
R$ 30 — SOLIDÁRIO

04/10 SÁBADO

04/10 SÁBADO

 

18h | Fluxo Marginal + Payaso + Sérgio Gurgel + Pedro Diógenes y Vitor Cozilos Vitor, As artes de não ser governado (40 min.)

As artes de não ser governado é uma instalação fílmica que reúne o testemunho de cinco artistas cearenses, que traduzem em vídeo e som a insubordinação do artista ao sistema, da arte ao mercado, convocando a insurreição e a liberdade.
Curadoria: Julia Feldens
Pesquisa de artistas:
Pedro Barreira e Rafael Neves

Calangros — Um faroeste sobre o terceiro mundo, Fluxo Marginal
FluxoMarginal é artista multimídia autodidata que vive e trabalha no Cariri, Ceará. Sampleador de tudo, mistura som, imagem e palavra. Filho da beirada e da encruzilhada, cria ritmo no compasso do improviso e da insurgência, atuando com trilha sonora, audiovisual, performance, instalação e gesto político.

À margem, Payaso
Payaso é artista visual de Fortaleza. Em 2009, através do FUNCI, incentivo social para a cultura, iniciou sua pesquisa, que consiste em capturar imagens e histórias de sua comunidade através do audiovisual. Com o nome artístico que adotou em 2010, atua no mercado como videomaker e fotógrafo, sem abandonar a pesquisa de retratar lugares e pessoas que conheceu em sua trajetória.

Filme selvagem, Pedro Diógenes + Vitor Cozilos Vitor
Pedro Diógenes se formou na primeira turma da Escola de Audiovisual de Fortaleza, em 2008, integrou o coletivo Alumbramento, entre 2010 e 2016, e, atualmente, faz parte do grupo Marrevolto Filme. Já dirigiu e roteirizou 9 longas-metragens, realizou 11 curtas e trabalhou como técnico de som em mais 60 filmes.
Vitor Cozilos Vitor, vulgo Tomentosa Tez, é corpo inquieto que atravessa a cidade de Fortaleza com ruído y canção. Com mais de 20 discos lançados nas plataformas digitais, Vitor ocupa zonas de litígio entre música, cinema, literatura, performance, dança y teatro, traçando um caminho peculiar como artista cearense, brasileiro e nordestino.

Quebranto, Sérgio Gurgel
Sérgio Gurgel é artista visual autodidata nascide em Acopiara, Ceará. Pesquisa o envelhecimento e suas relações. Anuncia uma energia feminina que surge de narrativas moventes de divas e heroínas que constrói e coleciona dentro de um imaginário afetivo singular.


19h | Tellexotica + Lcuas, Situação de sítio 2 (30 min.)

Na emergência de agressão por forças armadas e de comoção interna, as garantias individuais são suspensas. A ordem está ameaçada. Situação de anormalidade grave de repercussão internacional, fatos que comprovam a ineficácia à agressão armada. Surgem poderes excepcionais e temporários. Período de crise. MONOTONIA CELESTIAL.

Combinando laser, fumaça, LED e cassetes, Tellexotica e Lcuas apresentam um cinema ao vivo em Situação de Sítio 2, no qual criam um ambiente imersivo onde estímulos visuais e sonoros evocam uma situação de calamidade.

Tellexotica é artista visual paulistana e fundadora da MIWI — estúdio de criação de instalações, shows, palcos e ambientes imersivos. Sua pesquisa é sobre traduzir o ambiente sonoro com estímulos visuais através da interação entre laser, vídeo, luz e efeitos.

Lcuas é artista sonoro fluminense. Seu trabalho investiga as possibilidades sonoras de fitas cassete a partir de colagens, loops, ruídos e misturas.


20h | Fernando Catatau + Isadora Stevani, Outra dimensão (40 min.)

Outra Dimensão é uma experiência imersiva do músico Fernando Catatau e da artista visual Isadora Stevani na qual o som conduz as imagens em tempo real, com visuais generativos que reagem à música e revelam paisagens oscilantes entre o natural e o abstrato. Guitarras, ruídos e sintetizadores se entrelaçam a projeções em constante mutação, abrindo espaço para novas percepções da realidade.

Fernando Catatau é cantor, compositor, guitarrista, produtor e artista plástico de Fortaleza, Ceará. Fundou a banda Cidadão Instigado e projetou-se com discos como O Método Tufo de Experiências, eleito título do ano pela APCA, UHUUU! e 2º melhor disco pela Rolling Stone. Realizou exposições de artes visuais e estreou como ator no longa Centro Ilusão. Já colaborou com nomes como Arnaldo Antunes, Los Hermanos, Maria Bethânia, Vanessa da Mata, Céu, Otto, Nação Zumbi e Zeca Baleiro.

Isadora Stevani é artista visual, motion designer e VJ de São Paulo, que cria performances audiovisuais ao vivo e experiências imersivas. Combina animação 3D, visuais generativos e projeções reativas ao som para transformar espaço, luz e ruído em experiências sensoriais que transitam entre o real e o abstrato. Já colaborou com artistas como Cidadão Instigado, Céu, Arnaldo Antunes, Juno B e Jonas Van.


21h | Ad Hoc (30 min.)

A Ad Hoc é uma orquestra de improvisação sem membros fixos, que assume a cada concerto uma personalidade própria, buscando romper fronteiras entre diferentes gêneros musicais e promover o diálogo entre pessoas que criam a partir de múltiplas origens. O grupo é dirigido por Guilherme Peluci, que utiliza técnicas de improvisação conduzida, como Conduction, Soundpainting e Ritmo con Señas, para criar música em tempo real. Até hoje, mais de 800 artistas já participaram do projeto.

Guilherme Peluci (condução)
Flavio Lazzarin (bateria)
Alex Dias (baixo)
Barulho Max (objetos)
Rodrigo Bragança (guitarra)
Rafael Ramalhoso (violoncelo)
Vanille Goovaerts (violino)
Vitor de Biagi (flauta)
Lea Arafah (eletrônicos)


21h30 | Orquestra de Música Normal (30 min.)

A OMN foi criada em 2017 e acolhe todo tipo de fonte musical, reunindo pessoas com diferentes vivências artísticas e, em sua maioria, residentes na região do Grande ABC. O grupo é voltado às diversas possibilidades do experimentalismo na arte e realiza encontros semanais para a escuta e a construção de performances sonoras. Horizontalidade, improvisação, autogestão, acaso, imprevisto e risco são alguns dos elementos principais que norteiam o grupo.

Bruno Iasi (computador)
Eldra (trompete)
Gumma (flauta)
Igor Celestino (violão)
Juliano Gentile (guitarra)
Kadú (lataria)
Leandro Aster (bateria)
Lea Taragona (voz)
Luiz Galvão (guitarra)
Marília (colheres)
Paloma (violino)
Pérsio (disco harmônico)
Rômulo França (sax alto)
Talita de Jesus (trompete)
Victor (sintetizador)

 
 

05/10 • DOMINGO 17h30
R$ 30 — MEIA
R$ 60 — INTEIRA
R$ 30 — SOLIDÁRIO

05/10 DOMINGO

05/10 DOMINGO

 

18h30 | Cristian Duarte /em companhia — Aline Bonamin + Paulo Carpino + Tom Monteiro, CACO #1 — Morde como um cão (20 min.)

Nada escapa, seguimos em um espaço descontínuo de sinapses frenéticas. Salivamos com graça e mordemos com força. Entre o desejo de seguir juntos e desmoronar, emerge uma dança vigorosamente instável.

Morde como um cão faz parte da série coreográfica CACOS, criada em 2023 por Cristian Duarte em companhia. Composta por cinco danças, a série emerge das distintas subjetividades, corporeidades e imaginações das artistas participantes e integra o projeto KINTSUGI, que remete a uma peça de cerâmica quebrada cujos fragmentos, ao serem reunidos, carregam as marcas de sua trajetória.

Criação e dança: Aline Bonamin e Paulo Carpino
Coreografia e direção: Cristian Duarte
Assistência de direção: Rodrigo Andreolli
Acompanhamento dramatúrgico: Júlia Rocha
Figurinos: em companhia
Música: Tom Monteiro
Iluminação: André Boll
Fotografia: Leandro Berton (ensaios) e Mayra Azzi (aberturas e apresentações)

Sempre junto e nunca igual: Aline Bonamin, Allyson Amaral, André Boll, Andrea Rosa Sá, Casa do Povo, Cristian Duarte, Corpo Rastreado, Danielli Mendes, Felipe Stocco, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Júlia Rocha, Leandro Berton, Mauricio Alves, Mayra Azzi, Paulo Carpino, Renan Costa Lima, Rodrigo Andreolli e Tom Monteiro.


19h30 | Orquestra Vermelha, Quinteto (60 min.)

A Orquestra Vermelha investiga as contradições entre música e imagem, gravação e ao vivo, composição e improvisação, presença e ausência. Em seu formato original, de 2013, o músico e artista Matheus Leston toca acompanhado por uma banda de sombras: seis músicos, gravados e filmados em estúdio, têm suas silhuetas exibidas em tamanho real em telas de LED. Em frente a uma quinta tela, Leston também se torna uma sombra, trazendo questionamentos sobre o que é um show. Agora, além de Leston, outros quatro músicos estarão no palco. Em frente às telas de LED, eles não apenas se tornam sombras como interagem com as gravações de anos atrás de si mesmos e de outros músicos.

Formação / Palco
Gustavo Boni (baixo elétrico e acústico)
Santiago Nascimento (bateria)
Eddu Ferreira (guitarra e voz)
Mauricio Orsolini (piano elétrico)


20h30 | Edgar, Rewind, abrt. Renanzeth (90 min.)

O show REWIND — Reggae, Periferia e Futuro faz parte do projeto REWIND — Centro de Análise Sonora de Reggae e Periferia Musical —, idealizado como espaço de troca, formação e celebração da cultura reggae enquanto movimento musical, social e ancestral. Neste trabalho, Edgar recria o ambiente dos bailes de sound system com beats pesados, experimentações eletrônicas e letras que atravessam questões sociais, identidade periférica e resistência cultural. Uma vivência performática que une o peso do reggae às narrativas urbanas contemporâneas, costuradas por sua presença cênica e visão afrofuturista.

Edgar é um artista multifacetado nascido em Guarulhos que iniciou sua caminhada musical nos sound systems periféricos, especialmente no Djanguru Sound System, onde teve suas primeiras experiências no microfone. Após uma trajetória de experimentações sonoras e visuais com participações de artistas como Pupilo e BaianaSystem, retoma suas raízes no reggae e dub com o disco REWIND, previsto para o início de 2026.

Renanzeth é artista multimídia que cria a partir da brincadeira e invenção de ficções, utilizando corpo, memória e infância como dispositivos de encontro entre linguagens gráficas, gestuais e sonoras em diálogo com tecnologia, rito, mistério e música. Investiga a mimese, o duplo e o arquivo como campos de experiência para tensionar o limite entre o instintivo e o construído. Em colaborações transdisciplinares, cria experiências imersivas que oscilam entre o íntimo e o coletivo, o primitivo e o interdimensional.